Michael Campos

Design de Interface: veja o que é importante saber

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    A internet revolucionou o mundo. A nossa forma de interagir com o meio foi completamente alterada com a chegada desse marco histórico, e muito dessa mudança se deve ao design de interface.

    Conhecido em inglês como UI Design, o User Interface Design (Design de Interface de Usuário) assumiu o primeiro lugar nas competências necessárias para um designer profissional hoje em dia.

    A mídia tradicional fomentou a economia até o início dos anos 2000, pouco depois da era de ouro da publicidade do Brasil, através das mentes brilhantes por trás de agências que ditavam o mercado da propaganda nacional.

    É possível imaginar os números que cases de sucesso da propaganda tradicional atingiriam se tivessem sido veiculados em uma mídia com o alcance que se tem com a internet.

    Empresas investiam milhões em comerciais de TV, anúncios de página dupla ou quartas capas de revistas e jornais. O marketing direto ocupava um espaço mais relevante nas estratégias e até ações via correio eram utilizadas.

    O retorno era variável: grandes agências com grandes investimentos tendiam a ter grandes resultados, mas quando não tinham, o prejuízo podia ser catastrófico.

    Nesse ponto, a internet também leva vantagem. Com menores aportes financeiros, é possível testar estratégias de marketing diferentes e decidir, com base nos resultados, em qual colocar mais dedicação e recursos.

    Além disso, a economia de materiais gerada, uma vez que não há mais a necessidade de imprimir toneladas de materiais promocionais que seriam descartados em poucas horas merece um certificado de regularidade ibama.

    UI design e a jornada de compra do usuário

    A transição da mídia tradicional para a mídia digital, entretanto, não se resume apenas à incorporação de novos softwares ou veículos. Trata-se de uma nova maneira de pensar o design.

    O design tem, mais do que nunca, peso fundamental na decisão de compra dos consumidores. É ele que faz um usuário permanecer em uma página de vendas ou fechar um site em um minuto.

    Sua principal função é facilitar a experiência do usuário em um site, página, rede social, etc. A navegação deve ser intuitiva, as diferentes áreas devem ser fáceis de acessar.

    É comum encontrarmos sites com design tão elaborado que esconde funcionalidades importantes, como o menu.

    Quando o usuário se depara com esse tipo de barreira, sua primeira reação não é a de investigar a página e encontrar o que busca, mas sim de procurar outro site que possa lhe trazer o mesmo produto ou informação mais facilmente.

    Querer que o cliente descubra como se localizar no seu site é como esperar que um bebê instale uma sirene eletromecânica.

    Assim como a sirene pede uma equipe especializada para instalá-la, a função de entregar o conteúdo pronto para uso é do desenvolvedor e do designer.

    Tornar o meio digital amigável e interativo diminui a resistência do usuário. Faça uma reflexão: você prefere utilizar o caixa eletrônico ou deixar todos os seus pertences para passar pelo detector de metais ao entrar em uma agência bancária?

    Mas, da mesma forma que uma página mal feita pode prejudicar seu negócio, um site ou plataforma bem construídos têm o efeito contrário: o de incentivar as compras.

    Imagine o site de uma fabricante de porta vai e vem em que a transição entre as páginas imita o movimento da porta. Ou então a página de vendas de uma empresa de hidráulica, que conduz o usuário pelos tópicos de destaque do site com uma rede de canos.

    O design pode carregar o usuário para qualquer área de interesse da página quando bem feito. Isso pode significar informações importantes sobre a sua empresa, os conteúdos mais recentes publicados ou mesmo um formulário de compras.

    No ocidente, o layout dessas páginas deve considerar o caminho natural que os olhos do usuário fazem, de cima para baixo, da esquerda para a direita. Se tiver alguma dúvida, pense na ordem de leitura.

    As redes sociais também seguem esse princípio. O Instagram, por exemplo, mostra primeiro a foto de perfil no canto superior esquerdo, então o nome do usuário à esquerda, a bio logo abaixo, os destaques e só então o feed, que é atualizado no mesmo sentido.

    Trazido da propaganda tradicional, o design gráfico ainda tem vez nessa nova aplicação. Ele funciona como um tratamento de superfícies para a página. Além de deixá-lo visualmente agradável, tem a função de comunicar mensagens subconscientes ao usuário.

    Assim como o mármore no piso de uma casa, uma identidade visual limpa, minimalista, com cores sóbrias indica elegância e finesse, por exemplo.

    Tendências do design de interface

    Se manter atualizado com as tendências de design é obrigação do profissional. Uma página antiquada, com layout ultrapassado, espanta os usuários, principalmente os das gerações mais novas.

    A mudança de tendências acontece de forma rápida, e os clientes associam a comunicação visual da empresa com a sua capacidade de se atualizar em relação às tecnologias do setor.

    É importante que as tendências também sejam adaptadas de setor para setor. A identidade visual de uma marca de roupas recicladas não se aplica para uma fabricante de balança industrial.

    Com isso em mente, eis as tendências de design para interfaces:

    Storytelling

    Cada vez mais presente no marketing digital, o recurso da contação de histórias é uma ferramenta poderosa para fisgar a atenção do usuário.

    Ele aparece em diversos formatos, desde o roteiro do vídeo de apresentação do professor responsável por um curso online que promete revolucionar o mercado de grafite em pó, até a tipografia utilizada no logotipo de um aplicativo.

    Contar histórias faz parte do imaginário coletivo da humanidade desde o início dos tempos. O ser humano é culturalmente programado para se engajar com essas tramas, e o storytelling permite manipular as emoções e reação do público.

    Motion design com CSS

    O nome é complexo, mas o conceito é simples. CSS é uma linguagem de programação, e motion design é um tipo de design que entra no campo da animação. Assim, o motion design com CSS nada mais é do que elementos animados através do CSS em um site.

    Considere que a mesma empresa de hidráulica que usou os canos para levar o usuário pelo site empregue esse recurso. Um menu animado que fizesse girar a cabeça de um registro gaveta seria uma forma divertida e profissional de incluir o motion design na página.

    Gradiente e cores mescladas

    A década de 2020 tem feito forte apelo às tendências de moda e design dos anos 1990, e os gradientes não ficariam de fora.

    Repaginados e usando novas paletas de cores, os gradientes hoje passam a mesma ideia de modernidade e inovação que os dos anos 1990 passavam (naquela época, claro).

    As mesclas de cores trazem a influência da arte pop, expressionista. Jackson Pollock é uma referência que se aplica aqui, bem como dezenas de grafiteiros e artistas de rua.

    A principal diferença entre os anos 1990 e 2020, nesse sentido, é a escolha das cores, que perderam saturação. Hoje os tons pastel estão em evidência, mesmo que o resultado buscado não seja infantil ou “cute”.

    Quais softwares usar para trabalhar com UI design?

    Os programas usados no design gráfico não estão perdendo espaço para o softwares de integração digital.

    Dizer o contrário seria equivalente a dizer que as metalúrgicas estão perdendo espaço para uma empresa de galvanoplastia. Suas funções são distintas e caminham lado a lado.

    Muitos profissionais criam elementos e imagens em programas como Photoshop e Illustrator, mas a construção das páginas pede outro tipo de funcionalidades.

    Alguns programas bastante utilizados no mercado são:

    • Figma;
    • Adobe XD;
    • Sketch;
    • Axure.

    Todos são indicados para a criação de projetos e protótipos de sites e aplicativos. Para o desenvolvimento, de fato, da página, é recomendada a contratação de um desenvolvedor web ou o uso de ferramentas como o WordPress.

    Mesmo com todas as tecnologias e inovações mencionadas aqui, a principal mudança sofrida no design nesses últimos anos foi o público.

    Consumimos mais rápido, com menos paciência, menos tempo disponível e muito, mas muito mais exigência.

    Páginas de vendas com tempo de carregamento maior de três segundos perdem drasticamente sua efetividade, e a falta de retorno pesa no bolso da empresa.

    É trabalho da equipe de design de interfaces se preocupar inclusive com questões técnicas, como servidor onde o site ficará hospedado, tráfego esperado e tamanho dos arquivos de imagens e fontes usadas. Tudo isso impacta nos números.

    Se tornar designer de interfaces não é para quem só ama design, mas ama design, tecnologia, programação e comportamento humano.

    Seguir nessa carreira, dentro do cenário atual do mundo e a previsão do que poderemos nos tornar em alguns anos, pode ser um excelente investimento profissional.

     

    Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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